Projeto da UFPB oferta treinamento a alunos de escolas municipais para participação em olimpíadas de matemática

A participação de crianças e adolescentes em olimpíadas científicas é uma oportunidade para que descubram o mundo de uma forma divertida e desafiadora. Essas competições estimulam o raciocínio lógico, a criatividade e o interesse pela ciência, além de ajudar os jovens a desenvolverem habilidades importantes para o futuro, como a resolução de problemas. 

Iniciativas como o projeto Treinamento Olímpico Pessoense em Matemática - TOP(M), da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), que oferta treinamento avançado em matemática para 12 estudantes do 6º ao 8º ano do ensino fundamental de escolas públicas de João Pessoa, estimulam o protagonismo juvenil e preparam as crianças e adolescentes para participação em olimpíadas estaduais e nacionais de matemática.

Todos os sábados, pela manhã, os alunos do ensino fundamental participam das atividades, no Centro de Ciências Exatas e da Natureza (CCEN), em sala de aula do Programa de Pós-graduação em Matemática, onde são orientados pelos professores Felipe Chaves, Bruno Ribeiro e Miriam Pereira. Contam também com o apoio de dois monitores, que são discentes da graduação em matemática da UFPB que ajudam os alunos na resolução de exercícios, e ficam à disposição para tirar as dúvidas ao longo das semanas.

O objetivo do projeto é que esses estudantes tenham uma experiência enriquecedora, desenvolvendo suas habilidades matemáticas e aumentando suas chances de sucesso nas olimpíadas. Além de promover o aprendizado, a iniciativa também busca estimular o interesse pela ciência e pelas carreiras acadêmicas desde cedo.

De acordo com Felipe Chaves, coordenador do projeto TOP (M), a média de idade dos alunos atendidos é de 12 anos. A prefeitura de João Pessoa selecionou os estudantes em uma chamada da Secretaria Municipal de Ciência e Tecnologia, e apoia o projeto oferecendo bolsa de estudos para os alunos participantes, e bolsas para apoio à atuação de monitores do projeto.

A ideia é justamente que os alunos sejam introduzidos a estudos mais aprofundados em matemática ainda bem jovens para que tenham uma capacidade maior de aprendizado e possam complementar o conhecimento adquirido na escola com os conhecimentos mais avançados e que demandam um tempo maior de reflexão.

“A gente quer que a Paraíba cresça nacionalmente nas olimpíadas, e sabemos o retorno que isso pode trazer depois pros nossos cursos de graduação. A ideia é que esses alunos estejam bem treinados, compitam nas olimpíadas, se interessem por matemática, pela área de exatas, e entrem aqui na universidade melhorando também nossos cursos de graduação no futuro. Então, estamos pensando a longo prazo para trazer esses alunos depois para dentro da universidade”, explicou Felipe Chaves.