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Elizabeth Teixeira recebe título de Doutora Honoris Causa pela UFPB nesta sexta (18)

publicado: 16/07/2025 13h32, última modificação: 16/07/2025 13h32
Honraria reconhece o legado da paraibana na luta pela justiça social no campo

Elizabeth Teixeira recebe título de Doutora Honoris Causa pela UFPB nesta sexta (18)

Ícone da luta pelo direito à terra no Brasil, a paraibana Elizabeth Teixeira vai receber, nesta sexta-feira (18), o título de Doutora Honoris Causa pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). A solenidade será realizada às 17h, no auditório da Reitoria da universidade, em João Pessoa, em reconhecimento ao legado da líder camponesa, natural de Sapé, que “marchou até o fim” em busca de justiça social no campo.

A programação do evento, que é aberto ao público e será conduzido pela reitora Terezinha Domiciano, contará com apresentações musicais de Adeildo Vieira, do Coral Nossa Voz e de João Muniz, interpretando canções em homenagem à Elizabeth, que completou 100 anos em fevereiro deste ano.

Proposta pelo Departamento de Ciências Sociais Aplicadas do Centro de Ciências Humanas, Sociais e Agrárias (CCHSA), por meio da pesquisadora da questão agrária Iranice Gonçalves Muniz, a concessão da honraria foi aprovada por aclamação em reunião do Conselho Universitário (Consuni), que ocorreu no dia 13 de maio deste ano.

O título é um reconhecimento da universidade à trajetória da líder camponesa, cuja história foi contada no filme “Cabra marcado para morrer” (1984), do cineasta Eduardo Coutinho, e no livro “Eu marcharei a sua luta: a vida de Elizabeth Teixeira” (1997), de autoria de três pesquisadoras da UFPB – Lourdes Maria Bandeira, Neide Miele e Rosa Maria Godoy.

Elizabeth assumiu a liderança das Ligas Camponesas após o assassinato do marido João Pedro Teixeira, em 1962. Foi perseguida pelos latifundiários e pela ditadura militar, período em que foi presa, teve a casa incendiada e os 11 filhos separados. Precisou mudar de nome e viver na clandestinidade. Ainda assim, não foi silenciada e sua história de resistência continua inspirando os movimentos sociais na Paraíba, especialmente os trabalhadores rurais. 

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Ascom UFPB
Foto: Rodolfo Athayde