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Durante aula inaugural na UFPB, presidente do CNPq destaca importância da implementação de pesquisas

publicado: 21/02/2022 19h01, última modificação: 22/02/2022 08h48
Aula do Prof. Dr. Evaldo Ferreira Vilela abre período letivo regular de 2021.2

Foto: Divulgação

A Universidade Federal da Paraíba (UFPB) promoveu, nesta segunda-feira (21), a aula inaugural do período letivo regular de 2021.2, ministrada pelo Presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o Prof. Dr. Evaldo Ferreira Vilela. Em sua apresentação intitulada "O avanço do conhecimento, o futuro e você!", o Presidente do CNPq destacou a importância do Implementation research.

“Precisamos criar mecanismos para que haja, institucionalmente, uma implementação dos artigos científicos. A pesquisa encaminhada precisa ser implementada. O Implementation research é uma saída”, assegurou.

O evento de boas-vindas, que contou com o apoio do Cerimonial da UFPB, foi aberto pelo Reitor, Prof. Valdiney Gouveia, e transmitido em tempo real pelo canal de YouTube da TV UFPB a toda à comunidade universitária e ao público em geral.

Pesquisador de referência nacional, o Presidente do CNPq, Evaldo Ferreira Vilela, refletiu sobre o avanço do conhecimento no mundo, Brasil e CNPq.

“Nós deixamos para trás uma era que foi muito importante, a indústria que cresceu muito de uma forma tradicional. Agora, entramos na internet e ela mudou muito as nossas perspectivas em relação às ferramentas digitais. Isso tem um impacto na vida da gente”, comentou.

Segundo Evaldo, essas transformações trazem uma questão clara, principalmente para aqueles que estão nas universidades, nas agências de pesquisa, nas instituições de pesquisa, que é a colaboração.

“Nós precisamos da colaboração. Não é uma única pessoa que vai conseguir, sozinha, trazer soluções para o mundo atual. Essa colaboração precisa ser focada no conhecimento. O conhecimento científico se multiplicou muito nos últimos anos e esse conhecimento científico virou a base da inovação”, pontuou Evaldo Vilela.

Segundo Prof. Dr. Evaldo Vilela, o CNPq, no ano de 2021, investiu R$ 150 milhões em 33 mil bolsas de iniciação científica para ensinar o jovem a manusear o método científico. Hoje, a instituição mantém 102 institutos nacionais de ciência e tecnologia (INCT) que fazem pesquisas com resultados espetaculares.

“São redes nacionais em que você encontra todas as áreas do conhecimento com foco na entrega, que vai além do artigo. Se não fosse esses INCT’s, a exemplo, não teríamos a vacina brasileira”, esclareceu o pesquisador. Ainda segundo o Presidente do CNPq, a instituição, que em abril vai comemorar 71 anos, tem a missão de gerar riquezas para o país por meio da pesquisa.

“A ciência brasileira é robusta. A pesquisa no Brasil conta com talentos muito criativos. Nós temos demonstrações da riqueza da nossa ciência nas nossas cidades, na engenharia, na saúde, na antropologia…temos feito muito”, afirmou.

A relação entre a ciência, a inovação e a economia também esteve presente na palestra. O Prof. Evaldo Vilela afirmou que vivemos uma era em que a inovação constrói a economia e isso é extremamente importante porque, sem desenvolvimento econômico, não temos condições de promover um desenvolvimento social. A economia é baseada no conhecimento e na ciência e é assim que se gera riqueza, emprego e qualidade de vida.

Quanto à perspectiva futura e o papel da ciência, o Presidente do CNPq avaliou: “Precisamos ver o futuro. Trabalhar soluções para os desafios contemporâneos, seja a desigualdade, relações interpessoais ou sustentabilidade humana e ambiental. Ou a gente tem um desenvolvimento científico ou a gente não consegue chegar no futuro”.

Para o Prof. Evaldo Vilela, só desenvolve futuro para o seu povo aquele que desenvolve a ciência, que abriga os talentos das universidades e que investe em conhecimento, pois “é o conhecimento que vem da ciência que alavanca as riquezas que a sociedade, coletivamente, pode usufruir para construir um presente e um futuro adequado para seu povo”.

O Reitor da UFPB, Prof. Valdiney Gouveia, encerrou o evento agradecendo a presença do presidente do CNPq e comentou as reflexões que Evaldo pontuou.

“Que a gente possa, efetivamente, levar a cabo as nossas pesquisas. Que elas se transformem não somente em artigos e patentes, mas em ações concretas. A capacitação é fundamental. Temos, por exemplo, a CAPES, o CNPq – que além do apoio à pesquisa também desenvolve essa estratégia que é de capacitar o pesquisador”, explicou o Reitor.

De acordo com o Prof. Valdiney Gouveia, é preciso também pensar em captação de recursos. “Não podemos mais, nas universidades públicas, esperarmos por uma única fonte. É fundamental o empreendedorismo, buscar parcerias público-privadas. Não faz mais sentido fazer pesquisas isoladas. O mundo todo interage e isso é fundamental para a ciência, inclusive para compartilhar fontes, dados e saberes”, argumentou o Reitor.

“Ficamos muito felizes e honrados com a apresentação e reflexões. Muito engrandece o nosso semestre e nossa Universidade. Vai nos permitir, durante esse semestre, discutir e pensar sobre cada palavra mencionada. Em nome da UFPB, nossos agradecimentos. Que o professor siga fazendo seu trabalho tão importante à frente do CNPq”, concluiu o Reitor.

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Reportagem: Mellody Oliveira
Edição: Aline Lins
Foto: Aline Lins