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Setembro da Inclusão: programação foca relação entre preconceito e deficiência

publicado: 05/09/2024 09h22, última modificação: 05/09/2024 09h36

 No mês de campanha de prevenção ao suicídio (o Setembro Amarelo) e da conscientização da luta anticapacitista (o Setembro Verde), o Comitê de Inclusão e Acessibilidade (CIA) da UFPB organiza uma programação de eventos que pensa a relação entre o preconceito e a pessoa com deficiência.

O IV Setembro da Inclusão “Capacitismo e Saúde Mental” vai ser realizado entre os dias 16 e 20, nos quatro campi da instituição, com palestras, minicursos, oficinas, mesas redondas e apresentações culturais (veja a programação). As inscrições estão abertas pelo SigEventos, com direito a certificado ao final.

“Independentemente do contexto socioeconômico, social, da etnia, credo, seja o que for, o indivíduo pode adoecer. Então, temos o mês de setembro, quando se intensifica a fala sobre as doenças mentais – mais precisamente a depressão –, mas não podemos nos esquecer que a depressão é de janeiro a janeiro”, pontua a psicóloga Adriana Gaião, professora e pesquisadora das áreas de Avaliação Psicológica, Transtornos do Desenvolvimento, Saúde Mental e Bem-estar em Universitários e coordenadora do Núcleo de Estudos em Saúde Mental, Educação e Psicometria (Nesmep) do Centro de Educação da UFPB.

A temática em torno da necessidade da inclusão nos mais diversos espaços levanta a questão de onde está ainda havendo falhas. A ocasião sazonal traz um aditivo: até que ponto a deficiência pode acentuar o sofrimento? “Depende”, diz Gaião.

“Não é o fato de uma pessoa ter uma deficiência intelectual, por exemplo, que vai intensificar ou atenuar o seu sofrimento. Nós estamos falando da doença da alma, aquela pela qual se perde o sentido de viver. Em se tratando de uma pessoa com deficiência, ela pode ter dificuldades em verbalizar o que sente, como sente e como isso interfere na sua vida”, avalia.

Por isso a discussão sobre o capacitismo se faz essencial. “Porque gera consequências como ansiedade, depressão e isolamento social”, elenca Rafael Monteiro, coordenador do CIA.

“O capacitismo cria barreiras psicossociais, ao desvalorizar as competências desses indivíduos, afeta a autoestima e impede a inclusão no ambiente acadêmico. A abordagem técnica desse tema [no Setembro da Inclusão] visa a promover um espaço educacional mais equitativo e acessível, com políticas e práticas que previnam o estresse crônico e os impactos psicológicos causados pela exclusão, promovendo a saúde mental e o bem-estar integral dos estudantes com deficiência”, espera.