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Estudo Mostra que a Capital de João Pessoa tem Predisposição Microclimática Favorável na Reprodução do Mosquito Aedes aegypti | CCEN UFPB
O Centro de Ciências Exatas e da Natureza (CCEN) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), por meio do Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente (PRODEMA), mostra um estudo em que a capital de João Pessoa tem predisposição microclimática favorável na reprodução do mosquito Aedes aegypti. O mosquito, originário de zonas tropicais e subtropicais, é transmissor de diferentes doenças como a Dengue, Zika e Chikungunya.
O estudo é de autoria de Anne Freitas, aluna do curso de doutorado do PRODEMA, com a contribuição dos professores Joel Santos e Eduardo Lima, ambos da UFPB, o qual foi realizado em nove bairros de João Pessoa: Castelo Branco, Expedicionários, Manaíra, Cabo Branco, Mangabeira, Cruz das Armas, Alto do Mateus, Centro e Bancários, com a realização da medição de temperatura e de umidade do ar por meio de um registrador de dados, um aparelho Termo-higrômetro Digital com data logger HOBO.
O resultado da pesquisa demonstra as condições favoráveis na proliferação do Aedes aegypti e a transmissão de arbovíroses, enfermidades causadas por vírus devido a fatores como densidade demográfica, nível educacional, renda média por domicílios, abastecimento de água, tratamento de esgoto e coleta de resíduos. O ciclo de vida do Aedes aegypti, ou seja, a sua reprodução, eclosão e disseminação ocorrem na transição do período seco para o chuvoso. Neste ínterim o mosquito se reproduz e passa pelos estágios de desenvolvimento (ovo-larva-pupa-adulto), posteriormente entra na hematofagia, alimentando-se com o sangue de outro animal. É nesse ciclo que o vírus passa a ser transmitido.
A pesquisa foi financiada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível (CAPES) e se iniciou em 2018 junto a EMBRATEL, Sistema Ambiental Urbano (SAU), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) de onde partiram todos os dados da pesquisa coletados nos dois períodos climáticos: o seco (janeiro a fevereiro e setembro a outubro) e chuvoso (março a agosto). O Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa/LIA), a diversidade e quantidade de criadouros e notificações de Dengue, Zika e Chikungunya, foram reunidos por meio da Secretaria Municipal de Saúde do Município.
O trabalho resultou em dois artigos: um sobre "Os Casos de Chikungunya e suas Relação com as Condições Climáticas do Município de João Pessoa" e o outro, “Ocorrência de Arbovíroses em Diferentes Espaços Geográficos de João Pessoa e sua Relação com o Clima Urbano”.
Fonte: Portal da UFPB
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